Desde a fundação do Estado de Israel em 1948 pelo movimento sionista apoiado pelo Reino Unido e o Estados Unidos que ocorre o conflito étnico naquele território decorrente da expulsão e segregação do povo palestino que ocupava a região antes da fundação do estado de Israel. O Estado de Israel surgiu a partir de décadas de lobby e de campanhas imigratórias promovidas pelos defensores do sionismo. O sionismo, por sua vez, é um movimento que defendia a criação de um Estado judeu na Palestina como solução ao antissemitismo na Europa. A criação de Israel estabeleceu um conflito com os palestinos árabes que se estende até hoje. Atualmente, os palestinos não possuem um Estado nacional nem têm seus territórios delimitados.
São 76 anos de conflito, onde o Estado de Israel estabeleceu um apartheid étnico contra os palestinos árabes do território, expulsando-os de suas casas e tomando as suas terras para entregar aos colonos que seguem migrando de várias partes do mundo para ocupar o território. Aos poucos o estado de Israel expandiu cada vez mais seu território e forçou a migração de dezenas de milhares de palestinos árabes para as margens do território da Palestina. Este movimento de colonização das terras Palestinas inclusive já foi definido na ONU como ocupação ilegal, levando a várias países árabes a não reconhecer o estado de Israel e nomear o território como Palestina Ocupada. O movimento de expansão territorial realizado pelo movimento sionista se assemelha ao movimento de colonialismo promovido pelos países europeus contra os povos da América e África no século 19, onde exterminou diversos povos originários dessas regiões para tomarem suas terras e riquezas.
Hoje o povo palestino está dividido em duas pequenas faixas de terras, uma ao Sul e outra ao Leste de Israel ( Ou Palestina ocupada), que são a Faixa de Gaza e a Cisjordânia simultaneamente. Territórios que são controlado por Israel, onde o mesmo mantém o controle de suas fronteiras, decidindo quem entra e quem sai e impedindo o desenvolvimento do comércio e da economia, além de realizar constantemente incursões militares para persegui todos aqueles que ousam questionar a política imposta ao povo palestino pelos sionistas, situação que muitos organismos de direitos humanos caracterizam como prisões a céu aberto do povo palestino.
A situação se agravou quando o grupo de extrema direita comandado por Benjamin Netanyahu tomou por completo o poder do estado de Israel, onde os mesmo defendem que o Estado de Israel deve ocupar todo território palestino, do Rio ao Mar, expressão usada para definir os limites territoriais daquela região. Na prática isso significou o aumento do movimento de colonização do território palestino e a tentativa de expulsão por completo o povo palestino árabe da região. Situação que radicalizou ainda mais o conflito com o povo palestino e os grupos palestinos de resistência armada que existem principalmente no território da Faixa de Gaza, como o HAMAS e a Jihad Islâmica.
Após a ação desses grupos no 7 de outubro de 2023, o movimento sionista comandado por Benjamin Netanyahu usou desse fato para legitimar e por em prática de vez esse projeto, bombardeando civis, mulheres e crianças, hospitais, campos de refugiados, escolas e universidades. Já são mais de 30 mil pessoas mortas, dessas são mais de 13 mil crianças, além de 1,5 milhão de pessoas deslocadas de suas casas para o Sul da Faixa de Gaza, o portal de Rafah, que faz fronteira com o Egito, considerado o último refúgio do povo palestino na Faixa de Gaza. Onde inclusive o Exército de Israel começou a bombardear e Benjamin Netanyahu prometeu uma incursão militar no período do Ramadã, que é considerado o momento sagrado para os mulçumanos, onde se concretizado essa ameaça, poderemos ver uma das piores tragédias humanitárias da história.
Por tanto, podemos afirmar com toda a certeza que Lula tem razão ao afirmar e comparar a situação do povo palestino com o Holocausto, pois o estado de Israel através de seu Governo de extrema direita comandado por Benjamin Netanyahu está promovendo um verdadeiro Genocídio e limpeza étnica no povo palestino na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, locais que são uma verdadeiras prisões a céu aberto do povo palestino.