Hoje, em Salvador, às 17h, na Praça da Piedade, ocorrerá o ato “Chega de Chacina – Pelo fim da violência policial: Em memória e solidariedade às vítimas do Rio de Janeiro”. O ato ocorrerá da Praça da Piedade até o Campo da Pólvora, sendo encabeçado pela Coalizão Negra por Direitos e outras organizações, associações e coletivos.
No dia de hoje haverão atos em todo o Brasil sobre esse tema, tendo como principais reivindicações:
1. Apuração imediata e transparente das responsabilidades pelo massacre de 121 pessoas, com investigação independente e punição ao governador, agentes e mandantes
2. Substituição da atual política de segurança por ações que ataquem as raízes da violência, como por exemplo o tráfico internacional de armas e drogas
3. Implementação urgente de uma nova política de segurança, centrada na proteção à vida, desarmamento, prevenção e justiça social, com protagonismo das comunidades afetadas
4. Reconhecimento institucional do racismo como fundamento das desigualdades e violências no Brasil, exigindo ações concretas de reparação e justiça racial em todos os níveis do Estado
O ato visa também destacar que denunciando a chacina ocorrida no Rio de Janeiro será fortalecida a crítica a segurança pública baiana, que possui a Policia Militar mais letal do país, tendo como principais atingidos negros e pobres, moradores das periferias.
Essas mortes expõem o uso arbitrário das forças do Estado em um projeto que criminaliza a pobreza, racializa o território e normaliza a morte de pessoas negras e periféricas. Não é possível falar em democracia em um país que naturaliza chacinas. Não há justiça onde o racismo e a desigualdade determinam o valor das vidas. O massacre no Rio de Janeiro evidencia padrões históricos de exclusão e violência que atravessam o país.
A manifestação terá como suas principais bandeiras o fim das chacinas, desmilitarização da polícia, prisão de Claudio Castro e comando da PM-RJ, além de solidariedade às comunidades e famílias do complexo da Penha e do Alemão, propondo também jornada de lutas contra o genocídio negro nas periferias baianas.

